Correntes harmônicas, são correntes elétrica que tem uma frequência múltipla da frequência original da rede (60 Hertz) e surgem nas instalações elétricas devido à presença de cargas não lineares.

Por exemplo:
Fundamental: 60 Hz
Segunda harmônica: 120 Hz
Terceira harmônica: 180 Hz
e assim por diante.

Na rede elétrica, as correntes harmônicas se somam com a corrente fundamental causando distorções na forma de onda original da rede. São causadas por equipamento como motores, computadores, lâmpadas de LED, eletrônicos, no-break, etc.

Devido a algumas características físicas, as harmônicas mais comuns de aparecerem na rede são as ímpares (terceira, quinta, sétima, etc.), sendo que normalmente a terceira é a maior, se tornando a mais problemática.

O aparecimento das harmônicas, como elas são SOMADAS à corrente fundamental, provoca perdas de potência na rede e aumentam o nível de corrente e tensão na rede e nos aparelhos, causando a diminuição da vida útil.

É importante notar que cada uma dessas correntes harmônicas, possuem ângulos de fase em cada uma das frequências características, fazendo a soma escalar de diversas correntes harmônicas em uma mesma frequência não representar a corrente harmônica total nessa frequência no circuito alimentador. Em outras palavras, se um determinado quadro de distribuição alimenta as cargas “A”, “B” e “C” que possuem em seus espectros correntes de 5ª harmônica de 100 A, 80 A e 50 A respectivamente, a corrente no alimentador geral não será necessariamente de 230 A, será necessário avaliar o ângulo de fase de cada uma dessas correntes e proceder à soma vetorial.

A circulação de correntes harmônicas nos circuitos e nas fontes, causa o surgimento das tensões harmônicas proporcionais às próprias correntes harmônicas e às impedâncias desses circuitos e fontes. As limitações das normas que versam sobre este assunto tratam de estabelecer limites de distorções de tensão em função do ponto da instalação. Normalmente, essas normas são referenciadas no ponto de acoplamento comum (PAC) entre a concessionária e o consumidor, podendo variar de 5% a 10% dependendo da norma e do nível de tensão.

Uma das formas de reduzir a circulação destas correntes harmônicas é trata-las nos pontos de surgimento, evitando assim, que as tensões dos barramentos sejam distorcidas pela alimentação das cargas não lineares.     

A discussão sobre o quanto uma carga é distorcida deve considerar não somente a distorção total de corrente (THDI), ou as correntes harmônicas relacionadas à corrente da componente fundamental, mas também estas correntes harmônicas relacionadas à capacidade de corrente da fonte (transformador, por exemplo).     A instalação do ECOPOWER, surge como uma adequação dos valores registrados de distorção de tensão por conta do controle das correntes harmônicas evitando que as harmônicas circulem pelas fontes, reduzindo, portanto, as tensões harmônicas à montante e, por consequência, reduzindo também as distorções de tensão nos barramentos de baixa tensão.

A Delta Power em seus anos de experiencia, desenvolveu um equipamento para atenuar os harmônicos a níveis aceitáveis, o ECOPOWER.

O ECOPOWER é composto por conjuntos de indutores e capacitores sintonizados em uma frequência de ressonância característica. Podem também ser construídos em conjuntos, de forma a serem sintonizados em várias frequências desejáveis simultaneamente. A função do ECOPOWER é de absorver as correntes harmônicas da carga, impedindo que elas circulem pela rede. Devido à sua própria construção, também injetam energia reativa na rede, enquanto as harmônicas são absorvidas (uma parcela daquelas geradas pela carga). Caso a carga seja variável, a construção do ECOPOWER deve prever o arranjo em grupos, adequando a sua operação à variação da carga, evitando sobre compensação de energia reativa.

O ECOPOWER é normalmente dependente e especificado, pelos valores dos indutores, capacitores e elementos de manobra que os compõe, especificados pelos “amperes” que irão tratar.

O entendimento do ECOPOWER, pode ser o de uma “máquina de corrente elétrica”, em que são geradas não só correntes harmônicas em diversas frequências em função da presença de cada uma delas, como na própria frequência fundamental, que poderão servir para equilibrar as correntes nas fases, ou até mesmo para adiantar as correntes da frequência fundamental em relação à tensão, melhorando, assim, o fator de potência, deixando de pagar multas de reativa.